Chemone Ensina
Escorpiões
Foram os primeiros artrópodes a conquistar o ambiente terrestre, sendo que nessa adaptação, não passaram por modificações morfológicas importantes. Distribuem-se em todos os continentes, exceto na Antártida. No Brasil ocorrem em torno de 100 espécies catalogadas.
Fazem seus abrigos debaixo ou dentro de tijolos, sob restos de materiais de construção, nos entulhos, sob madeiras empilhadas, nos ralos, nos lixos, sob cascas soltas de árvores, debaixo de pedras, em bromélias, cupinzeiros, lajes de túmulos, terrenos baldios e dormentes de ferrovias.
São animais de hábitos noturnos e crepusculares, quando caçam e se reproduzem. Vivem isolados ou em grupos se as condições ambientais favorecerem sua instalação. Em situações estressantes, como cativeiro ou escassez de alimento, os escorpiões praticam canibalismo, ou seja, devoram seus semelhantes.
São carnívoros, alimentando-se de baratas, cupins, grilos, aranhas e pequenos animais. Algumas espécies conseguem sobreviver durante 6 meses sem comida e água, e podem permanecer nos abrigos por 2 meses após se alimentarem.
Representam um grupo importante e eficiente sendo considerados os principais predadores de insetos, aranhas e outros pequenos animais, muitas vezes nocivos ao homem, contribuindo para o equilíbrio populacional dessas presas.
Embora os escorpiões não sejam vetores de doenças, inoculam veneno que de acordo com a espécie pode ser fatal. A maior parte dos acidentes causados por escorpiões em pessoas adultas é benigna, mas em crianças e idosos é quase sempre fatal se não forem tomadas as devidas providências em curto espaço de tempo.
O veneno do escorpião inoculado é rapidamente absorvido pela pele e músculos, deslocando-se para o sangue, rins, pulmões e sistema nervoso. A maior ação ocorre no sistema nervoso, com efeitos locais e sistêmicos.
O envenenamento por estes animais causa dor local intensa, que se irradia por todo o corpo, podendo ainda ocorrer inchaço e vermelhidão leves no local da picada.
Outros efeitos visíveis, além da dor, são: aumento de todas as secreções; perturbações respiratórias; paralisia respiratória; choque devido ao aumento da pressão sanguínea; alterações cardíacas; vômitos; cólicas intestinais; diarreia; aumento da urina com emissão involuntária desta; tremores musculares; convulsões; paralisias musculares e outros.
As principais espécies de importância médica no Brasil são:
– Tityus serrulatus (escorpião-amarelo);
– Tityus bahienses (escorpião marrom ou preto);
– Tityus stigmurus;
– Tityus cambridgei.
Saiba mais sobre os escorpiões e os métodos de controle, assistindo ao nosso vídeo de treinamento.